As razões para ter um Ministério com Crianças.Parte 1
1. Os pais são “o primeiro currículo” de Deus. Ao
pensar na influência tão diferente que o pai e a mãe tem sobre a criança, é
claro que a primeira representação de Deus que o ser humano “lê” é aquilo que
vem através dos cuidados de um adulto do sexo feminino e outro do sexo
masculino. É verdade que a ausência do pai ou a privação da mãe é um assunto
para ser estudado. Devemos perceber que a igreja tem um papel muito importante
aqui. O Salmo 27:10 diz: “Se meu pai e minha mãe me abandonarem, então o Senhor
me acolherá”. Nossas igrejas precisam incentivar e apoiar a existência de bons
pais, mas também providenciar pais substitutos em nome de Jesus.
2. As crianças são um presente do Senhor. De um
modo misterioso, a criação é repetida a cada vez que uma criança nasce. Ainda
com o problema do pecado, as crianças são singularmente lindas nos seus
primeiros anos de vida. As crianças de todas as culturas são iguais. Suas
brincadeiras e risos, presentes ainda nas sociedades mais perversas, são
lembranças de que Deus fala ainda hoje de Sua própria santidade da vida conferido as
crianças humanas. Elas são, ao mesmo tempo uma lembrança e uma representação de
que Deus tem grandes planos para a raça humana. O ministério com crianças da
igreja deve ter a visão de lhes ajudar a chegar à realização do plano que Deus
tem para elas – um plano visto, em parte, na livre, criativa e alegre beleza da
primeira infância.
3. As crianças são abertas. As crianças não
precisam de argumentos para provar a existência de Deus; nem precisam ser
convencidas de que a oração e o culto são importantes. É forte a evidência de
que as crianças, ainda pequenas, são capazes de ter experiências religiosas.
Até os oito anos, dificilmente distinguem entre a realidade e a fantasia. São
criativas, imaginativas e tem explicações mágicas para as coisas. Por isso,
facilmente acreditam em Papai Noel e em Deus também. Nós não entendemos tudo
sobre a criança e nem podemos separar a crença sincera da superstição ou a fantasia
que ela tem. É importante que a criança tenha um ambiente religioso equilibrado
durante estes anos, com experiências de uma fé adulta por perto. Assim, poderão
separar a fé e a fantasia na hora certa.
4. Jesus valorizou as crianças. Jesus usou a
credulidade das crianças como um bom exemplo do tipo de compromisso que todos
os discípulos devem ter. Ao mesmo tempo Ele não as chamou para serem discípulos
e nem insistiu em sua conversão. Ele as aceitou em seu nível de
desenvolvimento, mas também Ele enxergou além do seu desenvolvimento atual para
ver seu potencial como criaturas feitas à imagem de Deus. Poderíamos imitar seu
ministério em três aspectos: a) demonstrar respeito, aceitando seu valor aos
olhos de Deus e aceitando seu desenvolvimento e assim ministrando de maneira
apropriada, b) afirmar sua fé infantil e c) desenvolver e exibir uma vida de
tradições, valores e crenças que sejam totalmente
cristãs.
5. A igreja é a família de Deus. Ainda com a desestruturação das famílias hoje em dia, devemos lembrar que a verdadeira base do relacionamento entre os crentes não é o sangue, mas sim a fé. Jesus ensinou isso em Mateus 12:48-50. A igreja, então, deve ser uma família com as mesmas preocupações e fé. Ninguém deve ser um crente sozinho. Uma igreja sem bons relacionamentos não tem esperança de nutrir suas crianças na fé. É a igreja que deve estar “modelando” o ideal da família cristã.
6. A fé cristã só precisa ficar sem uma geração
para extinguir-se. A fé cristã não é uma questão de herança. Deus não tem
netos, somente filhos! Nunca devemos pressupor que uma criança entenda a fé.
Ela não a conhecerá se nós não ensinarmos. Devemos planejar cuidadosamente o
ensino de modo a revelar os grandes atos de Deus, de tal maneira que lhe ajude
a chegar a uma fé saudável.
Texto retirado da Apostila de Ministério com Crianças, da professora Peggy Fonseca, IBER.
Adaptado por Zuleika Alves Fontes Estarneck
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