Inícios da Arte Cristã

            

O Cristianismo desenvolveu-se em meio ao Império Romano, embora que lentamente, e sem distinção dos demais cultos orientais da época. Sobressaiu-se pela conversão do imperador Constantino a sua doutrina e através do reconhecimento da igreja pelo Estado. Os cristãos não eram alheios aos romanos, inclusive no período das catacumbas, porém sua arte era diferente da do Império devido a condições econômicas e a outros problemas.

            Era comum construir as igrejas cristãs sobre antigos edifícios. As primeiras delas, as basílicas, tinham por características a sobriedade; maior liberdade quanto aos cânones clássicos; arcos com coluna, formados pelo entablamento e apoiados nos capitéis; colunas como motivo decorativo e sustentantes de um entablamento. Elas foram construídas com materiais tirados das casas romanas abandonadas e de basílicas pagãs. Na maior parte dos casos, sua planta é composta de átrio, cercado por um peristilo; vestíbulo ou narthex; três ou mais naves, sendo a central a mais larga; transepto, que forma uma cruz com a nave central (alguns não ultrapassam a largura das naves) e abside. As basílicas ainda agrupam outros componentes, a saber, cobertura de madeira, sustentada por paredes finas que cobrem a nave central; nave central mais alta que as laterais, iluminada por clarabóias; parede cega; colunata que sustenta traves ou arcos (dependendo do período histórico) e abóbodas. As igrejas não eram orientadas, mais tarde, os pontos cardeais passaram a designar suas partes.

            Nos primeiros séculos, quase não se tem retratos em volume. No entanto, estatuetas, pequenos relevos em paredes e tampas de sarcófagos foram encontrados, expressando assuntos diversos num mesmo plano. Motivos pagãos ganharam uma interpretação cristã e houve a utilização de símbolos, tais  como "O Bom Pastor", "O Pescador" e o "peixe".

            Os mosaicos eram muito utilizados nas paredes e nas abóbadas das absides e feitos, em princípio, de tisselas (mais tarde substituídas por pedaços de vidro), que deveriam criar motivos decorativos ou cenas de pessoas e paisagens. Das tisselas surgiram figuras estilizadas pelos limites do próprio material.

            Algumas igrejas se diferem em alguns elementos, como por exemplo, na Igreja de São Clemente, há ausência de transepto e existência de rica policromia; na Igreja de Santa Constança, há mosaicos em vidro sem uma ampla gama de cores; na Igreja de Santa Prudenciana, há semicírculo que se integra com a meia abóboda, figuras clássicas, desenho não convencional e tonalidades em gradações sucessivas.

            Os bizantinos também colaboraram com a arte Peleocristã. Em Roma, sua contribuição foi hierática, propunha a modificação do clássico, utilizava cores convencionais e rostos com novo vigor. Já em Ravena predominou um novo estilo, sentido desenvolvido da cor e das possibilidades do mosaico, fundo azul, flores e folhagens enquadrando os arcos.

            (O texto referido não traz informações objetivas sobre a arte cristã no período catacumbário, motivo este que não explicitamos seu conteúdo)

Resumo em 6 linhas:

            A arte Paleocristã é o registro da doutrina cristã durante a dominação do Império Romano. Quando os cristãos eram perseguidos, desenvolveram sua arte nas catacumbas (cemitérios subterrâneos), quando o Cristianismo prevalece, constroem  igrejas, denominadas basílicas, a fim de comportar todos os fiéis. Elas são constituídas de átrio, peristilo, vestíbulo, três ou mais naves, sendo a central a mais larga e alta, transepto, que forma uma cruz com a nave central, abside, cobertura de madeira, claraboias, parede cega, abóbodas e mosaicos.

Resumo em 2 linhas

            A arte Paleocristã é representada nas catacumbas e nas basílicas construídas no período de disseminação da doutrina cristã durante o Império Romano.

BIBLIOGRAFIA

História Mundial da Arte. Up John, Everard M. et alii. Difel. 1975. 6 v.


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